Laticínios

A Origem: A Fábrica de Manteiga.

Essa fábrica, iniciada pelo sr. Juquita Vargas foi registrada com o nome de Freitas e Vargas. Foi depois adquirida por uma sociedade formada por Zenon Alves Ribeiro, Gastão Lepesquer e Álvaro Ulhoa, que perceberam a impossibilidade de enfrentar sozinhos os desafios de fazer a atividade crescer e se sustentar. A manteiga feita por eles era vendida em várias localidades. Silvio Lepesquer lembra que o armazém de Zenon e Gastão comprava a manteiga e vendia em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. O caminhão deles que ia buscar mercadorias, ia carregado de manteiga, como forma de diluir os custos e essa mercadoreia era vendida no varejo e na volta trazia as mercadorias que precisavam. 

Ele fala também de carregamentos que eram levados para o Porto Buriti, no rio Paracatu, e que de lá seguiam no vapor até Pirapora de onde eram transportados para o Nordeste. Essa versão foi confirmada pelo sr. José Edgar Novais Pinto que afirmou que seu pai transportava manteiga para o Porto Buriti. O sr. Vasco Praça, que trabalhou com a segunda gestão da fábrica, afirma que a família Rocha, que possuía vários supermercados em Campina Grande, na Paraíba, era um grande cliente da 

Fábrica de Manteiga. Para entregar o produto era necessário enviá-lo para o Rio de Janeiro de caminhão e lá, embarca-la em navio para a Paraíba.

Nas condições técnicas da época, só era possível trazer da zona rural para a cidade, o creme (matéria gorda) retirado do leite, pois o leite em natura não tinha como ser transportado adequadamente e também não tinha mercado consumidor na cidade, onde todos adquiriam leite diretamente dos produtores.

A COOPERVAP

Ao ser criarda a Coopervap, a fábrica de manteiga, passa a ser operada por ela e vai ser aos poucos expandida, transformando-se gradativamente em uma indústria de produtos lácteos. Começa com a pasteurização do ltie, a fábrica de queijos e depois cria novos produtos. A história não se faz linearmente, mas é sacudida por crises, atentada por momentos de crescimento. Entre altos e baixos, a Coopervap escreveu sua história de sucesso.

Em 1966, foi aprovada a instalação de uma fábrica para produção de queijo e a Coopervap passou a ter mais uma produto para colocar no mercado, mas em 1981 o setor laticinista passava por uma difícil fase que envolveu também a Coopervap, pois, nesse mesmo momento, venceram os contratos da Cooperativa com a CACISA e com a Parmalat, que compravam o leite que a cooperativa não conseguia processar nem colocar no mercado. No mês de março deste mesmo ano, a cooperativa voltou a vender leite para a CACISA, mas com o prejuízo dos transportes e das taxas de usinagem do leite. Em abril, fez a mesma operação vendendo leite para a ITASA. No mês de maio, tendo sido em vão as tentativas na busca de novos mercados, a única alternativa foi a secagem do leite, transformando-o em pó, operação em que trouxe prejuízo para a Cooperativa. No mês de junho, voltou a vender leite para a LECO, mas a LECO também em seguida desistiu da compra, voltando a Cooperativa à situação dramática de operar com prejuízo. A assembleia autorizou ajustar o preço do leite para pagamento dos associados e aprovou a colocar do produto leite no mercado de Brasília. Era mais uma tentativa de resolver os problemas pelos quais passava.

Visando adequar a produção dos lácteos para tender ao mercado tão exigente como o de Brasília e região do DF, a Coopervap transferiu a sua Fábrica do Centro da Cidade em 23 de agosto de 1990 para o complexo industrial e nesta linha de melhora da qualidade, contratou o gerente de laticínios Marco Antônio de Campos Alves, especialista em leite e derivados pelo tradicional Instituto de Laticínios Cândido Tostes de Juiz de Fora/MG.

Os Produtos Paracatu são importantes também para a cidade de Paracatu, pois levam seu nome para diversas localidades por meio de milhares de consumidores, geram impostos, emprego e renda. Só na indústria são gerados mais de 100 empregos diretos, além de muitos terceirizados.

Os derivados de leite Coopervap são produtos que alcançam a preferência no exigente mercado consumidor de Brasília.

Duas pessoas foram muito importantes no processo de conscientização dos ideais cooperativistas da Coopervap, que foram os senhores José Carlos Quirino e Emiliano Pereira Botelho. Na época da ampliação da indústria, com a construção da nova fábrica, Emiliano fez um convênio com a França e levou vários técnicos para conhecer o sistema de lá e treinar, consequentemente melhorando a qualidade da produção do leite, do custo, da defasagem de entressafra.

Hoje, não existe mais diferença entre safra e entressafra. Além disso, eles foram os idealizadores e fundadores da Cooperativa Central Mineira de Laticínios, a CEMIL.

Os Produtos Paracatu têm importantes certificações. Com a certificação de qualidade, os Produtos Paracatu chegam ao mercado com um diferencial que significa garantia para o consumidor, e que agrega valor ao produto.

A Fábrica de produtos lácteos da Coopervap tem todos os programas de qualidade, inclusive APPCC, que é uma garantia de que o produto pode ser consumido. Esse programa foi desenvolvido nos Estados Unidos para garantir a segurança da alimentação dos astronautas no espaço.

Onde estamos?

Outras Áreas Comerciais

  • Unidade Brasília/DF

    Desde o início do funcionamento da Coopervap, o mercado de Brasília era o principal alvo. O primeiro distribuidor dos produtos em Brasília foi o sr. Franz Botelho, ainda em

  • Grãos

    Unidade de Armazenamento – Entre Ribeiros   (Paracatu e Entre-Ribeiros) Em 1982, na gestão do sr. Antônio Arquimedes Borges, foi aprovada a aquisição de um terreno às marges da