Agronegócio no Brasil

Postado por admin em Acontece na Coopervap, Artigos e Notícias

14

out
2019

Qual a importância do setor hoje, como ele está e quais são as principais projeções que você precisa saber.

O agronegócio no Brasil é forte: tem grande participação no PIB e a tendência é continuar crescendo.

Conhecer bem este mercado permite ter mais base para tomar decisões e identificar onde vale mais a pena investir seus esforços e recursos financeiros.Qual cultura tem mais perspectivas de crescimento? Será que exportar pode ser um bom caminho? Neste artigo vamos falar sobre a situação atual do setor agro e o que você pode esperar daqui para a frente.

A população mundial cresce a todo momento e as exigências quanto à produção de alimento também acompanham esse ritmo. No Brasil, a população aumenta em 1 pessoa a cada 19 segundos, conforme o IBGE. Já pensou, então, como faremos para alimentar tanta gente?

Essa demanda alimentícia sempre vai existir. E a importância e atenção com a produção motiva ainda mais o avanço do agronegócio no Brasil. Um dos maiores e melhores argumentos, que reforça a importância do negócio agro, são os valores do PIB (Produto Interno Bruto) e a extrema expressividade do agronegócio. O Brasil é um dos maiores produtores de alimento do mundo, com potencial para ser o maior produtor mundial.

Dispomos de vários recursos, principalmente climáticos, que favorecem a vasta produção de alimentos. Além do clima, o Brasil apresenta quantidade de água considerável e potencial de mais áreas agricultáveis (utilizamos apenas 7,3% dessas áreas).
Associado a isso, há mais investimentos em tecnologia, o que difere positivamente nos valores de produção alcançados.
Desta forma, o agronegócio vem sendo impulsionado a produzir de maneira eficiente e consciente.
Isso fez com que o PIB do agronegócio no Brasil tivesse alta de 1,87% em 2018, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Hoje, o agronegócio sozinho representa 21,1% do PIB brasileiro.
Além disso, é responsável por metade das exportações do país, o que demonstra grande poder sobre o saldo positivo na balança comercial brasileira.
Só para citar alguns exemplos, nos últimos anos, o país tem sido o maior exportador global de açúcar, café, suco de laranja e soja.
O superávit do agronegócio chegou a US$ 81,86 bilhões em 2017, segundo maior da história brasileira, segundo o MAPA.
Além da importância direta na economia, o agro movimenta em média 38% dos empregos do país. Desta forma, é notória a geração de serviço e renda dos familiares.
Porém, o MAPA ressalta que, para que o agronegócio continue dando saltos positivos, é preciso manter investimentos relacionados à infra-estrutura, principalmente no que envolve transporte.
Outros pontos que ainda puxam o agronegócio no Brasil para trás são a legislação complexa dos tributos, falta de capacitação quanto à gestão empresarial e utilização de recursos financeiros inadequados.
Além disso, a ausência de pessoas no campo aumenta cada vez mais. Como consequência, o setor agro enfrenta dificuldades na obtenção de mão de obra.
Desta forma, cada vez mais os produtores que dispõem de recursos investem em maquinários que aumentam a eficácia das atividades.
E com relação às empresas? Refletir sobre isso requer estudo de como andam as negociações de compra e vendas e das fusões dessas empresas.
O último ano foi marcado por muitas fusões e aquisições, o que afeta o mercado agropecuário.
Vamos falar agora sobre as perspectivas para o setor.
Saber as projeções para o agronegócio brasileiro é importante para identificar a direção que o mercado está tomando.
Isso possibilita saber quais as tendências de preços, entre outros pontos importantes.
Segundo estudos, os itens que serão mais dinâmicos futuramente serão soja, algodão, celulose, açúcar, manga, uva, melão e mamão. Na agropecuária brasileira, carne bovina, carne suína, frango e leite.
Além de dinâmicos, todos esses itens também serão produtos com maior potencial de crescimento nos próximos 10 anos.
Como exemplo disso, podemos observar que a safra de grãos deve sair de 234,1 milhões de toneladas na safra 2018/19 para 302 milhões de toneladas na safra 2027/28.
A área plantada sairá dos atuais 62,6 milhões de hectares para 71 milhões de hectares em 2027/28.
Desta forma, percebe-se que o ganho com o agronegócio não será devido somente à expansão de área, mas sim ao ganho com produtividade.
Além dos grãos, podemos observar a expansão da cana-de-açúcar, que demonstra aumento na produção em todos os Estados que a cultivam.
Porém, pode-se notar que em São Paulo a produção oscilará de forma mais branda devido à redução da área de lavouras já existentes.
Estima-se que a áreas cultivadas terão um acréscimo de 10 milhões de hectares, sendo utilizadas maior parte pelo cultivo da soja, da cana-de-açúcar e do milho.
Esse acréscimo de área será advindo da incorporação de áreas novas, de pastagens naturais e da substituição da áreas de outras lavouras, que serão compensadas por ganhos na produtividade, como é o caso da mandioca.
Como manteremos o agronegócio no Brasil rentável e sustentável?
Fácil não será, mas muitos produtores já vêm adotando práticas que favorecem o potencial produtivo dos nossos produtos agrícolas.
Além disso, estudos que facilitem o manejo e intensifiquem a produção são ótimos aliados para aumento de produtividade.
O mercado interno juntamente com as exportações, com a expansão da fronteira agrícola e com os ganhos de produtividade, deverão ser os principais fatores de crescimento do agronegócio no Brasil nos próximos anos.
Não podemos nos esquecer também da necessidade de se construir uma produção mais sustentável nos próximos anos.
Isso é devido a exigência da sociedade, dos mercados internacionais, e mesmo do ecossistema agrícola.
Já podemos ver esse movimento com o aumento de defensivos naturais e de novas legislações ambientais.

Fonte: Giuliana Rayane Barbosa Duarte